quinta-feira, 14 de maio de 2009

"se lixa"

Afastado da relatoria do processo contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) no Conselho de Ética, o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) diz que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para voltar ao cargo. Moraes, que disse se "lixar" para a opinião pública e para os jornalistas, insiste que não poderia ser retirado do posto.

Moraes afirma que o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), desrespeitou o regimento interno da Casa ao colocar o requerimento apresentado pelo DEM que pedia a sua saída em votação.

Moraes disse que Araújo não tinha respaldo para substituí-lo. "A decisão [de Araújo] foi no mínimo estranha. Primeiro ele colocou [a decisão] para ser votada, depois não permitiu que os integrantes votassem mais e no final eu fui destituído de forma arbitrária. Eu fui arrancado da relatoria", disse.

O presidente do órgão disciplinar explicou que colocou o pedido em discussão e, portanto, teria a prerrogativa para não votar a matéria. Araújo disse que o STF não vai atender o pedido de Moraes porque o entendimento demonstrado pela Corte em análise de outros processos criou uma tradição de que assuntos desse tipo devem ser tratados internamente pelo Legislativo. "Não acredito que o Judiciário decida essa questão", afirmou.

O deputado foi afastado da relatoria por antecipar seu voto antes mesmo da apresentação do parecer. Ele sinalizou que iria absolver Edmar no processo de cassação por suposto uso irregular da verba indenizatória. Segundo dois artigos do Código de Ética e um parecer da consultoria legislativa da Câmara apresentados por Araújo, é necessário que o parecer do relator seja "equidistante e imparcial".

Moraes foi substituído por Nazareno Fonteles (PT-PI). Segundo o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete, Nazareno informou aos colegas de conselho que não vai pedir nada além de uma suspensão para Edmar. Disse ainda que quer encerrar o caso rapidamente.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nova Gripe

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta terça-feira (12) que o Brasil está preparado para enfrentar qualquer hipótese da nova gripe provocada pelo vírus Influenza A (H1N1). “O Brasil está preparado para qualquer hipótese. Mas o momento é de tranquilidade, apesar de requerer cuidado”, disse durante entrevista coletiva no Senado, se referindo à possibilidade de o nível de alerta para a propagação do vírus subir do grau 5 para o 6, que é considerado o de pandemia.
Segundo Temporão, ao contrário de algumas semanas atrás, o que se percebe hoje é que a maioria das pessoas que entra em contato com o vírus apresenta um quadro clínico leve a moderado. “São poucas as pessoas que eveluem para uma complicação, como uma pneumonia ou um quadro mais grave”, destacou.

Temporão, porém, alertou que não tem condições de afirmar se daqui a dois ou três meses este padrão vai se manter. “Por isso, prudência, alerta e cuidado neste momento é fundamental e é a postura do governo”, afirmou o ministro.

Ele também disse que os R$ 141 milhões que o governo anunciou para o combate e prevenção da doença no país por enquanto são suficientes. Caso necessário, ele avisou que solicitará recursos emergenciais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Do ponto de vista prático, o trabalho nos portos, aeroportos, fronteiras secas e de divulgação, a estratégia continua a mesma”, avisou o ministro. Ele voltou a lembrar também que não há rebanho contaminado no Brasil e nem risco de contaminação de pessoas pelo consumo de carne suína.

Na próxima segunda-feira (18), Temporão estará em Genebra, na Suíça, para participar da Assembleia Mundial da Saúde, ocasião em que representantes de diversos países discutirão a nova gripe.

Durante a audiência pública, Temporão disse que não dorme direito há duas semanas, em virtude da nova doença que já chegou ao Brasil.
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